Porém, nos clássicos, o lobo mau acaba se dando mal e, hora cai numa panela de água fervente e noutra hora acaba sendo aberto para resgate da senhorinha que ele havia tentado digerir.
O Campeonato Brasileiro de 2023 tem um candidato a lobo mau: O Botafogo.
Ele grita, rosna, assopra, tenta impor sua presença no certame de qualquer forma, mas no fundo, todos sabem que o time, tão acostumado com a Série B, não passa do inofensivo cachorrinho Biriba.
Para quem está lendo este texto e já tem mais do que 30 anos, fica meio difícil lembrar dos detalhes da história, mas é importante lembrar que o lobo tem um medo, o caçador.
O caçador, na história, é aquele cara que fica a espreita, espera o lobo dar um mole e – como diria o chavinho – zás, zás, abre-lhe e tira das entranhas aquela tão esperada refeição.
Todo o barulho feito para jogar contra o Fortaleza, sabendo que o time da cidade de praias lindas poderia jogar com um time sub-15. A choradeira ao redor do gol de Pablo do Atlhhhtlehtico genérico (difícil saber qual é o genérico de qual) com o VAR fora do ar nos dois gols (bem duvidosos). Tudo isso é o latido (ou o choramingo) do Biriba.
O caçador esteve longe, de férias, vindo de algumas caçadas infrutíferas, parecia que iria aguardar a próxima temporada de caça. A vida do lobo estava fácil, dominando a tudo e a todos, dentro e fora dos seus domínios.
Mas aí, um dia vem o primeiro golpe. O caçador, dentro do tapetinho do Biriba, deu o primeiro susto neles.
O Biriba se assustou, voltou a rosnar, latiu, fez postagem em rede social: “Contra tudo e contra todos”. E o caçador começou a perceber que o lobo, opa, desculpa, o Biriba, já tinha deixado escapar o cheiro do medo.
Toda essa história é para dizer que o caçador chega, sente o cheiro, assim como um urubu que sobrevoa a próxima refeição. Uma hora ou outra ele chega. Ah, e o final do Biriba, opa, do Lobo Mau, todo mundo já sabe né?
São 9 pontos!